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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Estudo Astrológico do Tema de Portugal e do nosso Momento Atual


Há pouco tempo vi pessoas, que amam profundamente Portugal além de saberem muito de economia e história, tão aflitas com a situação atual que resolvi voltar a estudar o tema astrológico do nosso querido jardim à beira mar plantado.
É verdade. Estes próximos 12 meses são decisivos para o nosso futuro.

Estou a ser breve e  usar uma linguagem muito simples. Sem os termos técnicos do vasto arsenal de referências que usamos para estudar os dados astronómicos. Ficando mais curto, agradável de ler e portanto, que todos a possam entender e dar a sua opinião. Porque parece ser premente inventar algumas soluções muito novas.
E por amor da Deusa, não me venham com rótulos e limitações se o que pensarmos é de esquerda ou de direita! O que precisamos é de muita liberdade para pensar, aproveitar as melhores ideias, tirar conclusões e chegar a algum lado.  
Precisamos de uma muy uraniana brainstorm. Para a qual precisamos de si. Sem medo de dizer disparates. Pois com um polícia à porta sempre a verificar se se faz tudo segundo as regras, nunca se inventa nada de novo. ;)
Vou começar por falar das nossas características e depois do momento atual.

Das Nossas Particularidades tão Peculiares

Portugal é um país que não se governa nem se deixa governar. Desde o tempo do Império Romano que dizem isto de nós. A mim diverte-me esta ideia.
Mas quando vivia em Roma também diziam algo muito parecido do povo italiano. Se calhar dizer isto era apenas um mero costume imperial. ;)
Todavia por lá deixavam-me em paz sempre que explicava “sabe é que sou portuguesa e nós fazemos tudo à última da hora mas saímo-nos sempre bem”.

Por cá tem aparecido sempre um chato a pretender que teríamos de ser organizados, frios e racionais como os povos do centro e norte da Europa.
Mas não somos. Somos o oposto complementar deles. Somos a face da Europa que olha para lá do mar oceano.
E só sendo fieis a nós mesmos podemos complementá-los com o nosso melhor e, já agora que também dá muito jeito, ser felizes.
Mas vamos começar a ver o mapa de como estavam os planetas no céu quando se deu o nosso nascimento como país.
O primeiro que se nota á a vocação intrínseca para darmos passos maiores que as pernas[1]. Um desequilíbrio que nos mantem sempre em movimento. Tal como uma bicicleta precisamos de andar para nos equilibrarmos. Aqui a nossa grande segurança é que a tal bicicleta tem rodinhas, como as das crianças. Por isso nos saímos sempre bem; mesmo se nos metermos nas maiores encrencas. O nosso famoso desenrascanço.[2]
Temos o encanto pelo estrangeiro. Esse contacto dá-nos liberdade e faz-nos ganhar novas forças para continuar vivos[3]. Emigramos. Viajamos. Quando retornamos à Terra-Mãe enriquecemo-la com o que aprendemos nas nossas aventuras pelo resto do mundo. Mantemo-nos sempre curiosos de outras culturas, outros povos ou outras gentes. Com uma tremenda confiança e generosidade esperamos sempre deles algo de bom.
E se esses estrangeiros vierem visitar-nos, respeitando-nos, então tratamo-los como nossos filhos. Ou como crianças que não conhecem o local nem sabem falar.[4] E aqui aparece a nossa maravilhosa e maternal hospitalidade. Base do sucesso do nosso turismo.
Se estivermos na terra deles somos naturalmente gentis e bem-educados. Fazemos como vemos fazer e inserimo-nos com extrema facilidade[5] noutras culturas. Base do nosso sucesso como emigrantes. Acerca disto lembro-me sempre de um episódio passado em Moçambique por volta de 1960. Tinham sido dadas terras a homens beirões, algures no centro nesta, então, província ultramarina. E eles bem à Portuguesa chegaram lá, casaram-se com mulheres das tribos locais e ficaram a viver muitíssimo bem e em paz. Sem se ralarem com atitudes coloniais forçosas para os europeus em Africa. Advindo disso houve um protesto dos ingleses nos países vizinhos, o qual se pode sintetizar como “assim estragam-nos o jogo todo. Não é assim que que coloniza!”
‘Tá bem, ‘tá bem, já ouvi essa de que os colonos eram uns estupores horríveis e faziam muitas desumanidades aos povos locais. Mas gente má sempre existiu e se por outras terras o pretexto para fazer mal era a diferença na cultura, na cor da pele ou outra justificação aparentada, por aqui os pretextos eram muitos mais. Sendo todos exportáveis para outras paragens… Tais como: serem de outras classes sociais, mais novos ou mais velhos, serem mulheres ou crianças e tudo o mais que sirva para confundir entre diferença e pretensa superioridade. A violência é uma terrível doença contagiosa e nunca me constou que se cure com passeios por mar.
Além do mais ando muito desconfiada que hierarquias e estruturas piramidais nunca são do Bem.
Isto porque todos os que nascem nestas belas terras sabem que no fundo existe uma íntima fraternidade entre todos os seres humanos. Que todos temos valor. Tanto pelas nossas semelhanças como pela tão útil complementaridade oferecida pelas diferenças.
Claro que depois há uns aspetos mais desafiantes para nos irmos entretendo. Senão nem tinha graça estar vivo. Ora vamos lá a eles.
Somos terrivelmente inquietos e rebeldes. Ingovernáveis? Pois. Gostamos de fazer tudo à nossa maneira. Se muito pressionados não perdemos tempo em lutas inglórias. Dizemos o nosso “sim e mais que também”, “para inglês ver” e fazemos como achamos melhor. O que historicamente está confirmado resultar lindamente.
É difícil desviar a marítima bruma neptuniana, que tudo envolve e confunde[6]. A grande diferença entre nós e o que notei enquanto vivi fora de Portugal, é que lá tudo era mais definido. Por exemplo: ou se é pelo Estado ou se é contra. Aqui tudo é enguia, esquivo, indefinido, indeterminado, com muitas informações sonegadas, rica vida oculta e demasiadas interligações para se entender bem a quantas se anda ou o que se pode esperar do interlocutor.
Temos belos valores de igualdade e liberdade; mas podem aparecer lutas de poder que facilmente nos confundem. Só chegamos à Verdade quando descartando todas as tretas que nos contem, confiamos na nossa bela intuição interior.
Apesar das tendências pessimistas[7], merecemos ter plena consciência do nosso grande valor.
E além do mais só nos motiva verdadeiramente o fazer o impossível. Se não tivermos um belo repto à nossa frente para nos empolgar vamos, tristemente, só fazendo o mínimo indispensável para nos mantermos vivos.
Isto já vai longo. Não vou referir a comparação que fiz entre o meu tema natal e o de Portugal. Nunca o tinha estudado mas entendo bem agora o meu amor encantado pela terra onde nasci. Mesmo quando, ainda adolescente, era moda ter vergonha de ser português. 
E Agora?
Agora é tempo de voltarmos em plena consciência à nossa especialidade: o “fazermos o impossível”. Pois para fazerem o possível estão cá todos os outros povos. ;)
De há uns 2 anos a esta parte[8] estamos mais assertivos no uso do nosso Poder como país. Após termos passado cerca de 30 anos a sermos demasiado… gentis, cedendo para não ter maçadas.
Também podemos expandir-nos[9] como entidade única e peculiar. Afirmando-nos com maior facilidade perante todos. Por outro lado podemos curar[10] a nossa imagem pública e o nosso status social.
Estamos com dois trânsitos muito fortes e marcantes.
·         Digamos que num deles temos[11] um vulcão aos pulos, a tornar caos tudo o que já não nos sirva para depois se reconstruir algo de útil para futuro. Também é ótimo porque faz vir à tona os podres que andavam escondidos. E demos bem por eles. ;)
Este ponto corresponde às relações com o outro, neste caso outros países ou outras soberanias, alianças. Todavia temos a considerar contratos entre nós, além dos inimigos declarados. Quanto a inimigos, no meio das confusas brumas que sempre por aqui pairam, teremos amigos que fazem que nem de inimigos precisemos. Há que aclarar quem se arroga amigo não o merecendo ser. Eliminar parasitas sociais é imperioso. (Não estou a referir aqui a maioria dos reformados tidos como bodes expiatórios pelos espertalhões que querem desviar as atenções de si mesmos ;) Há que considerar rever tudo isto muito a sério. Noutras circunstâncias poderia dar uma terrível guerra. No contexto atual talvez apenas uma séria luta pelos nossos direitos e soberania. Um ajuste das alianças feitas no passado às nossas atuais necessidades.

·         Por outro lado temos o planeta do futuro[12] a trazer-nos de lá montes de ideias novas e grande mudança no paradigma da mentalidade. Rebeldes. Revolucionárias. Únicas. Curiosamente tivemos este ano a comemoração dos 40 anos de uma revolução. Que foi o que foi, como foi, mas já passou. Qual foi a revolução que conhece que não era uma caricatura caquética e obsoleta ao chegar a esta idade?[13]
Eu pelo que me lembro nunca foi de bom augúrio, o comemorar dos 40 anos de alguma revolução. E temos urgentemente de escolher o que há para deitar fora do que ainda resta da revolução de 1974/76. Conservar apenas o que ainda nos serve. Esta escolha tem de ser urgente[14]!
É de extrema relevância ter pleno conhecimento de que o status quo não existe. E que quanto mais nos agarrarmos a esse mito… mais sofrimento advirá.
Voltemos ao estudo astrológico. Enquanto Urano nos exacerba a rebeldia dá-nos também o entendimento de sermos únicos e que BASTA de andar a ser meninos obedientes para ver se se consegue a aprovação alheia. Recuperemos a nossa dignidade!
Aqui a questão mais importante seria encontrar tudo aquilo em que somos bons e mostrar ao mundo o exemplo de qual é o caminho a seguir.
De que se lembra que possa cumprir este requisito?
Eu estou a recordar o êxito que foi a recuperação de presos no Linhó através de mudanças na alimentação, atitudes mentais e estilo de vida. Em vez de castigos, que só pioram as coisas. Aconteceu no início dos anos 80. Alguns desses homens ainda são meus amigos. Estão perfeitamente inseridos na sociedade. Dão belos paradigmas de vida e, mais importante, são felizes.
Esta experiência exemplar está referida em livros estrangeiros. Por cá pouco se falou.
Que tal pegarmos nisto e conseguirmos dar o exemplo de transformar as prisões, lugares infernais e universidades do crime, em locais de regeneração e de aprendizado de novas características, novas capacidades de relacionamento para que a violência e o crime deixe de ser necessário?
Esta foi uma coisa que eu conheço. E você? Certamente sabe outra coisa linda que conseguimos. Conte-nos, sff.
Estes próximos 12 meses são mesmo determinantes para o nosso futuro.
O que escrevi é apenas um início. Para pensarmos juntos. Para criar algo novo e melhor. Vamos a isto agora?
E o meu querido leitor, que nos propõe para iniciarmos a nossa tempestade cerebral?




[1] A oposição entre Marte e Júpiter entre as cúspides das casas 2 e 8, no eixo do kite cujas rodinhas são o Sol conjunto a Saturno e do outro lado, contido no grande trígono com Marte, a Lua conjunta a Urano.
[2] Talvez pudéssemos ser outra vez os ousados exploradores da Europa. Atualmente unida.

[3] A Lua natal em Sagitário. Ainda conjunta a Urano.
[4] Ascendente em Caranguejo regido por Lua em Sagitário (ainda na casa 5) por sua vez regida por Júpiter em Aquário na cúspide da 8, no eixo central do “kite”.
[5] A aquariana Vénus na cúspide da 9. Em T-square com Plutão e Urano/Lua. Mais o nosso pragmático descendente em Capricórnio.
[6] Temos um Neptuno na casa V e em Escorpião que manda no nosso Sol natal só com aspetos desafiantes.
[7] Com um Sol pisciano, conjunto a Saturno, cujo regente só tem aspetos pouco fluidos…
[8] Progressão do ascendente de Libra para Escorpião.
[9] Júpiter a transitar a casa I.
[10] Quirom a passar conjunto ao MC.
[11] Plutão a transitar em Capricórnio no DC.
[12] Urano conjunto a Mercúrio natal.
[13]Peço encarecida ajuda a alguém mais ágil que eu para pesquisas de datas históricas.
Preciso saber que aconteceu na nossa história há cerca de 83/5 anos e 245/9 anos atrás?
É que os ciclos, então iniciados, estão agora a terminar. Enquanto se inicia outro.

[14] Com o irrequieto e impaciente Urano tudo tem de ser urgente. Ou ele parte tudo. O que nos seria muito mais doloroso.

PS: Esclareço que este estudo foi feito por mim. Pois também sou astróloga.
Comecei a estudar astrologia em 1968. Sozinha. Como autodidata. Depois em 1984 liguei-me ao grupo da Maria Flávia de Monsaraz. Éramos 4 mulheres que se encontravam uma vez por semana em sua casa para estudar, trocar ideias e livros sobre astrologia. Ainda fazíamos tudo por tabelas em livros. Laboriosamente. Ainda os tenho. Um livro para as casas. Outro para os planetas. Outro para as latitudes e longitudes dos lugares, etc. Faziam-se montes de contas. A régua e o compasso eram indispensáveis.  Ui!
Recordo quando a Flávia montou o seu primeiro computador. Reciclando uma televisão a preto e branco. Tinham aparecido há pouco as emissões a cores.

Estávamos todas empolgadas assistindo ao meter aquelas palavras-passe enormes. Depois vimos aparecer no ecran o primeiro tema feito rapidamente. Em 1987 a Maria Flávia fundou o Quiron-Centro Português de Astrologia. Éramos tão poucos os astrólogos e todos nos conhecíamos.
Dei aulas de astrologia e tive uma rubrica semanal na Rádio Comercial. Depois fui para Roma, tive filhos e ocupei-me deles. Quando voltei a Lisboa existia uma multidão de astrólogos por todo o lado. Eu entretanto sempre fui fazendo outras coisas, de que também gosto e com as quais me posso financiar. Porém uso constantemente a astrologia; pois é uma ferramenta ótima e muito eficiente. Por alguma razão atravessou milénios. ;)  Inclui-a no meu método na Naturopatia, uso-a complementarmente ao Tarot, etc.
Esclareço que quanto à entidade que de onde vem a imagem, apenas recorri a ela, com gratidão, para o desenho do tema com progressões e trânsitos; pois é mais fácil obter assim algo partilhável na net que com o programa que tenho em casa. 
Digo isto tudo para esclarecer que não lhes comprei umas "previsões para 12 meses" que depois teria posto aqui... como já me perguntaram. LOL

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