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domingo, 1 de julho de 2012

Uns 2,5l de Azeite a Ferver ou como Sobreviver Hoje nas Guerras de "Moros y Cristianos"

tem uma fabrica de tofu e afins aqui peNesta imagem vemos os meus joelhos.
Um com ligadura pois só tinha salpicos e uma queimadura do 1º grau.
O outro com o primeiro emplastro feito, de tofu e plantas verdes.


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Há dias aconteceu-me o acidente pior da minha vida...
Um grande desafio. Um sinal muito importante para na minha vida eu mudar algo urgentemente.
Nas guerras, mediterranicas e mesmo por aqui na beira do Atlantico,  passavam a vida a deitar azeite a ferver por cima dos invasores. Garanto-lhe hoje, com pleno conhecimento de causa, que é uma arma terrível!
A californiana Vanessa, uma voluntária daquelas que passam temporadas em minha casa para "aprender a viver de forma mais ecologica", deu um encontrão numa fritadeira e entornou a maior parte do azeite em cima de mim.
Tinhamos estado a trabalhar a 175ºC. Tendo acabado, uns 5m antes, de fritar batatas e fatias de pão.
Quando tomei consciencia do que me tinha acontecido decidi saltar para dentro de um lago, que estava a uns 3m de mim.
Sendo a prioridade num caso destes parar a cozedura dos tecidos vivos,
a agua fria é um optimo metodo.
Pedi para me porem agua fria com sal dentro da banheira, meio-cheia. Dali a nada o J. veio buscar-me para sair do lago.
Estava eu com os pés apoiados na parede do outro lado e tinha esfolado os nós dos dedos de uma das mão, no cimento do bordo.  Precisei da mão dele para conseguir sair do lago.
Na banheira pedi mais sal e argila verde. O J. apareceu-me com um saleiro de mesa... Homens :-/ teem noções muito  diferentes de nós sobre o sal. Lá foi buscar o saleiro da cozinha, ao lado do fogão e mais um pacote que estava dentro de uma gaveta. Sal marinho integral.
Entretanto tive de estar a mover a agua todo o tempo com uma das mãos; pois ficava com violentos espasmos por todo o corpo, se deixava de ter a nova agua fria em contacto com a pele.
Telefonei para um amigo Carlos Oliveira, que tem uma fabrica de tofu e afins aqui perto: a Shambhala. Ele, como de costume, foi encantador. Veio trazer 3 pacotes aqui a casa. E assim pude parar de tiritar ao sair da agua fria da banheira e ir para a cama. Estava mesmo a gelar!
Até pedi ao J. para me dar a mão e encostar a cara dele à minha para me passar energia. Os doentes ficam sempre um bocado para o vampirito ... :-/
E apesar de manter o sorriso colado na cara, precisei de receber esta ajuda dele.
Graças a Deus tenho muito sangue frio. Mantive-me sempre calma, consciente e fui dando as intruções necessárias.
 Já deitada e fazendo aplicações de tofu cru, acalmei o ardor.
Tenho de ir rever os livros e apontamentos que fui fazendo, sobre o assunto.
Felizmente tenho isto bastante presente desde que a minha filha ficou queimada, aos 2 anos de idade. Era inverno. Deixaram-na cheia de roupa enxarcada em agua a ferver, enquanto a empregada telefonava ao meu pai, que ainda veio da fábrica para a levar ao hospital. Pobre menina!
A primeira coisa a fazer num caso destes é pôr água fria.  Neste caso da Bé, seria ensopar a roupado braço sob uma torneira. Depois logo lha retiravam. Mas não era isto que a minha mãe sabia fazer. Como boa esposa, avó e cidadã apenas pensou em delegar mandando a menina para o hospital com a maior brevidade possível.
Anos depois foi com o meu filho Fó. Tinha ele uns 6 meses. Estavamos a viver em Roma. Eu tinha-o ao colo. Fui ver se a água já estava a ferver. Ter uma panela grande com água a ferver para cozer a massa, à hora das refeições, é obrigatório nas casas italianas. Estava a ferver e bem. O Fó decidiu enfiar o punho dentro da panela em borbotões. Fomos logo para o frigorífico onde tenho sempre agua muito salgada dentro de uma caixa plastica e profunda. Mergulhei nela a mãozinha. Calou o choro imediatamente. E só voltei a pensar nisso umas semanas depois quando a pele da mão do menino se soltou em farrapos. Tive de fazer um esforço para me lembrar de uma razão. Pois algo que teria sido muito grave noutras circunstancias, com cicatrizes e falta de mobilidade na mão, tinha sido apenas um episódio de 2 minutos que esquecemos logo.
Felizmente estamos no tempo quente, pois não aguento a roupa da cama sobre as zonas escaldadas.
O J. foi à farmácia e trouxe uns adesivos todos modernaços que não agarram nada. E gaze muito sofisticadas. Segundo os conselhos dos empregados. Obsolescencia programada tambem na saude? :-/ Eu quero são simples adesivos fortes e ligaduras em 100% algodão que as outras fazem arder os doi-dois. E claro que não ponho os adesivos colados na pele magoada mas nas ligaduras ou na pele boa. Ando mesmo farta deste deslumbramento parolo com as últimas tecnologias!
Nessa noite consegui dormir usando um spray de água com Rescue Remedy que pulverizava por toda a perna, sempre que acordava com dores. Mantive sobre o colchão um termoventilador a trabalhar constantemente mandando ar frio sobre a perna.
Cobri todas as areas queimadas com clara de ovo. Tinha um ovo esquecido no frigorífico e foi o que me valeu. Nunca os como. Com os ovos sou como o Obelix com a poção mágica: comi demasidos  em pequena portanto agora se como algum tenho sintomas pouco agradáveis.
Estive agora a ver o estado das queimaduras. Isto até está com um aspecto muito razoável. A pele está intacta. Deve ter sido por causa de ter posto água imediatamente e a fritura dela ter parado na água fria do lago.
 Tenho toda a perna esquerda do lado de fora, o joelho, o antebraço e o tornozelo direito escaldados. Nas mãos apenas salpicos. E os esfolões que fiz ao saltar para o lago.
Pedi que fizessem transbordar a água do lago para que o azeite que levei comigo não criasse um desastre ecológico às rãs, peixes e demais habitantes. Assim a terra terá absorvido o oleo que flutuava. Contudo estas noites teem sido muito mais silenciosas que as anteriores apesar da lua crescente... As rãs estavam a atroar os ares com o seu coaxar nas ultimas luas cheias.
Foi por uma boa causa; mas custa-me sempre fazer morrer algo.
Mas voltemos a mim e a este desafio.
Parece-me que tenho o sortido completo de queimaduras: 1º, 2º. 3º grau e  profundas.
Estas ultimas ficaram na coxa. Sinto nela zonas sem sensibilidade. Encortiçadas... :/
Melhor, com exactidão, por enquanto não tenho queimaduras de 3º grau, pois toda a pele está intacta, salvo nos esfolões. E isso não conta.
Dizem que uma queimadura grave tem o tamanho da palma da mão da pessoa. Eu devo ter isso multiplicado por 50 ou mais.
Decidi fazer autocura e em casa, pois não quer ficar com cicatrizes. Nem ter de fazer enxertos.
Como decidi fazer a autocura em casa, considero um dever cívico, aqui ir partilhando consigo o diário desta aventura.
Acredito que o nível mais elevado da medicina é comer bem e meditar.
Claro que me limito a arroz, hortaliças e algas. Mas nem tenho tido fome. E só bebo o que me apetece e quando me apetece. O meu corpo é que sabe do que precisa.
Obedeço à minha sagrada intuição.
Água de argila e chá de 3 anos com kombu é o que me tem apetecido.  Mas pouco.
Estou a tomar cobre em oligoelementos. Em vez de antibiótico/antivida.
Praticamente tenho feito jejum. Todos os animais fazem jejum até se curarem. Em situações extremas temos de nos reduzir à sabedoria animal que contemos.
No parto tambem é assim.
E está mais que estudado que apesar das nossas casas terem montes de micróbios, o nosso corpo lida bem com eles. Já se conhecem e estão habituados uns aos outros. No parto em casa isto é muito referido.
Nos hospitais o tipo de desinfectantes que são obrigados a usar ultimamente parece que é a causa do aparecimento dos terríveis superbugs.  E eu já aqui tenho problemas que cheguem.
Se me sair bem disto todos os anos que tenho dedicado ao estudo da naturopatia valeram bem o meu esforço. Mas isto é apenas uma partilha da minha experiencia pessoal. Não há doenças mas apenas doentes.
Estudei metodos eficientes para recuperar de queimaduras com uma pele impecável. Com pêlos e poros. Flexível. Linda.

Muitos já os usei com os melhores resultados.
E um curador/curandeiro que não saiba curar-se a si mesmo... ainda tem muito que aprender.
Vamos lá ver em que nível estou eu. Belo desafio... ;-)


Agora nós caro/a leitor/a:
Estou a partilhar a minha vida consigo por sentir disso dever cívico. Portanto espero que saiba usar a sua compaixão e amor para me ajudar na autocura.
Dispenso comentários agressivos e desagradáveis. Sugiro-lhe que pelo menos siga os meus escritos com uma inteligente e curiosa discrição.
Responderei a todas as perguntas que aqui me sejam colocadas. Na medida das minhas forças.
Isto de me cansar mentalmente tambem é uma experiencia nova para mim.

Agradeço toda as sugestões de métodos naturais, não vampíricos e toda a boa energia que me queiram mandar. Seja ela reiki, hooponopono ou o que melhor souber.
Sinto-me cansada. Já escrevi muito.
Amanha continuo a partilhar o que for sentindo e acontecendo.

2 comentários:

  1. Maria, deixei o que sabia lá no Hortas, se precisares de mais informação do que eu lá pôs diz...

    Beijinhos e as melhoras,
    Patrícia Samsara

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    1. olá minha querida, afinal não resisti e vim ler antes de me deitar; amanhã leio o resto.
      Parabéns pela tua Coragem:
      Coragem em fazeres a tua autocura natural e
      Coragem em partilhares todo este processo / percurso.
      Não sei se consigo imaginar o que tudo isto terá sido!
      LOVE & LOVE & LOVE
      muitos beijinhos
      Paula

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